Lesão atrapalhou o ciclo olímpico e a fez pensar, em dado momento, que não conseguiria realizar o seu sonho
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Fato&Ação Comunicação – Assessoria de Imprensa CBLP
Em Paris, pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos, a delegação brasileira será composta em sua maioria por atletas do sexo feminino. Serão 55% de mulheres escrevendo história e lutando por medalhas. E Amanda Schott, do levantamento de pesos, faz parte desta história, após ter vivido momentos de incerteza e apreensão.
Amanda, que competirá na categoria até 71 kg, compõe com Laura Amaro a dupla feminina da modalidade na Cidade Luz. E ela quase não pôde realizar seu sonho: durante o período em que os atletas puderam obter índices para os Jogos, Amanda ficou em 12° na classificação, o que a tiraria da disputa, já que apenas as dez primeiras de cada categoria conquistavam a vaga direta.
Seria necessário que duas atletas deixassem de figurar na lista, por troca de categoria ou pelo fato de um país optar por outras categorias – cada país só pode levar, no máximo, três atletas em cada gênero. Foi o que aconteceu com representantes da China e Amanda teve oficializada sua classificação pela Federação Internacional de Levantamento de Pesos.
Apreensão e fé
O ciclo olímpico de Amanda Schott foi problemático. Uma lesão ocorrida durante o Campeonato Pan-Americano a impediu de participar da Copa do Mundo de Phuket, na Tailândia, que valia vaga em Paris.
“Fui a última a garantir a vaga em Paris e acho que sou a mais feliz! Tive pensamento positivo até o último momento, mas havia um nervosismo por, devido à lesão, eu não ter conseguido fazer o meu índice. Isso me deu uma aflição. Mas vibrei muito quando saiu a classificação”, disse.
Amanda confessa que, no momento em que se lesionou durante o Pan-Americano, achou que não se recuperaria a tempo de estar em Paris. Afinal, desconhecia a gravidade do problema.
“Quando senti a lesão pensei: pronto, já era. Não sabia o grau da lesão, se ela permitiria que eu voltasse a tempo dos Jogos Olímpicos. Mas depois que conversei com os médicos do COB fiquei mais tranquila. Cumpri todas as etapas da recuperação”, conta Amanda, revelando que viveu momentos de apreensão:
“Eu ainda estava lesionada até pouco antes da confirmação e isso me deixava muito ansiosa. Tive que ter muita fé, foi nisso que me apeguei. E no meu trabalho também, tenho noção de tudo o que fiz, o quanto me empreguei para conseguir a recuperação. Se vou para os Jogos Olímpicos, é porque mereci estar lá”.
Lições
Ao lembrar de toda a sua trajetória no esporte, Amanda confessa que nunca imaginou ser possível, a esta altura, o que agora tão pouco falta para se realizar. Pra ela, foi algo surpreendente.
“Nunca imaginei que ainda fosse possível ir às Olimpíadas. Fui ginasta e me aposentei na modalidade em 2019; depois, pratiquei crossfit e só depois disso fui para o levantamento de pesos – buscando ser uma atleta de alto rendimento, claro. Não imaginava que, com tão pouco tempo na modalidade, poderia estar nos Jogos Olímpicos. Mas me entreguei cem por cento e fico feliz deste sonho ainda estar dentro de mim”, afirma.
Amanda declara que, quando pisar na plataforma para competir em Paris, estará exalando felicidade. E espera passar às pessoas a mensagem de que nunca desistam de seus sonhos.
“Sejam atletas ou não, que nunca desistam de seus sonhos. Valorizem cada dia em busca de seu objetivo, se entreguem à sua missão. Nunca se esqueçam do que vocês são capazes”, instrui Amanda, que diz ter conseguido durante a prática do crossfit a capacidade de perseverar.
Amanda Schott espera que sua superação e suas conquistas possam inspirar as pessoas sobre como é importante ter resiliência em todas as situações que a vida. Saber do que se é capaz, ter confiança e acreditar. E que importante é respeitar as pessoas:
“Foi algo que aprendi no levantamento de pesos: nunca achar que está forte o suficiente. A barra te ensina. É preciso ter humildade acima de tudo”, conclui Amanda.
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Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Levantamento de Pesos (CBLP)
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